Implantes curtos, uma opção para evitar enxertos

Um dos fatores limitante para a instalação de implantes dentários é a altura óssea disponível. Onde não há estrutura óssea suficiente (altura), muitas vezes é optado por fazer cirurgia para enxertia óssea, trazendo assim condições favoráveis para a instalação de implantes dentários. Para solucionar esse problema, foram desenvolvidos implantes curtos, com apenas 5 ou 6 mm de comprimento. Estes implantes representam uma opção segura de tratamento e sua principal indicação reside na possibilidade de evitar técnicas cirúrgicas invasivas, como enxertos e lateralização do nervo. A literatura nos mostra que a geometria dos implantes é de vital importância, combinada com diâmetros largos e tratamento de superfície, principalmente quando a qualidade óssea é desfavorável. A resistência mecânica pode ser ampliada, aumentando-se o número de implantes e usando-se a ferulização (união), quando possível, entre eles. Um rigoroso protocolo protético deve ser seguido com o intuito de evitar cargas oblíquas e controlar hábitos parafuncionais.

Alguns implantes disponíveis no mercado

Vantagens

  • Redução do tempo cirúrgico;

  • Menor morbidade;

  • Técnica simplificada (não há necessidade de enxerto ósseo);

  • Menor risco de lesão às estruturas anatômicas;

  • Menor custo do tratamento;

  • Menos tempo de recuperação pós operatória.

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Limitações

Indicações Clínicas

  • Diminuir o cantilever;

  • Pode ser usado em carga imediata;

  • Evitar técnicas cirúrgicas com enxertos ósseos;

  • Baixa altura óssea.

Um rigoroso protocolo deve ser seguido para controlar os fatores de risco e otimizar as suas características, com o intuito de compensar o seu pequeno comprimento, assegurando uma melhor longevidade ao tratamento proposto. O tratamento de superfície do implante é outro recurso primordial que pode aumentar em até 33% o percentual de contato osso-implante, o que seria benéfico na distribuição de tensão.

Sabe-se, ainda, que os implantes curtos normalmente excedem os parâmetros protéticos regulares (proporção coroa/implante). Esta situação é aceitável, desde que a orientação da força e distribuição da carga sejam favoráveis, e a parafunção (rangir os dentes, poe exemplo) controlada. Uma boa alternativa para melhorar essa situação é a união dos implantes, principalmente em regiões posteriores. O desenho do implante, o tratamento de superfície, a união dos implantes, a ausência de cantiléver e oclusão em guia canino ou oclusão mutuamente protegida são recursos que aperfeiçoam os resultados de implantes curtos.